O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Gui Menezes, afirmou à margem de um mergulho, a 27 de julho, na Reserva das Caldeirinhas, ao largo do Faial, que as reservas marinhas são “instrumentos fundamentais de gestão” do mar dos Açores.

A Reserva das Caldeirinhas (a primeira reserva marinha da Região, classificada em 1984 e parte integrante da Rede Natura 2000), é uma das três áreas classificadas onde, durante o mês de junho, foram efetuados oito mergulhos exploratórios para o mapeamento de lixo marinho, a par da Baixa do Sul, no canal Faial-Pico, e dos Ilhéus da Madalena, no Pico.

Com os resultados destes mergulhos estão agora a ser elaborados mapas para a posterior remoção do lixo, sendo que, em 2021, será realizada uma avaliação à taxa de deposição de lixo marinho.

Este trabalho está a decorrer no âmbito do LIFE IP Azores Natura, o maior projeto de conservação alguma vez concebido para os Açores e que representa, até 2027, só na componente marinha, um investimento superior a 4,3 milhões de euros.

“É um projeto muito operacional para fazermos, por exemplo, levantamentos e recolha de dados e para percebermos os impactos do lixo nos nossos ecossistemas marinhos”, afirmou o Secretário Regional.

O Azores Natura prevê, entre outros, uma grande componente de formação e de diálogo com a sociedade civil, bem como ações ligadas à recuperação de habitats marinhos, ao controlo de espécies marinhas invasoras e à utilização de áreas marinhas protegidas, em particular da Rede Natura 2000, pelos utilizadores do espaço marítimo, de forma a avaliar o real cumprimento dos regulamentos em vigor.

Neste sentido, a Direção Regional dos Assuntos do Mar está também a coordenar uma campanha regional de limpezas costeiras e subaquáticas, durante os próximos meses, envolvendo não só empresas, mas também os cidadãos (https://www.lifeazoresnatura.eu/voluntariado/).