No passado dia 19 de janeiro, uma equipa do Serviço de Ambiente e Alterações Climáticas de Santa Maria deslocou-se ao Ilhéu da Vila para continuar os trabalhos de remoção da espécie invasora espinafre da Nova Zelândia (𝘛𝘦𝘵𝘳𝘢𝘨𝘰𝘯𝘪𝘢 𝘵𝘦𝘵𝘳𝘢𝘨𝘰𝘯𝘰𝘪𝘥𝘦𝘴), bem como a remoção de sementes desta espécie depositadas no solo.
Este trabalho foi efetuado numa área de tamanho proporcional à quantidade de plantio disponível para plantação, esta primavera, o qual está atualmente em produção no Jardim Botânico do Faial.
Tendo-se verificado que as ações anteriores de remoção de invasoras expuseram demasiado o solo, estando a levar à sua erosão, foram construídas paliçadas com o propósito de reduzir a erosão, sustentar o solo, e favorecer a sementeira direta e plantação que se pretende efetuar com brevidade. Verificou-se, também, que estão a brotar com abundância as espécies nativas 𝘚𝘱𝘦𝘳𝘨𝘶𝘭𝘢𝘳𝘪𝘢 𝘢𝘻𝘰𝘳𝘪𝘤𝘢, lótus dos Açores (𝘓𝘰𝘵𝘶𝘴 𝘢𝘻𝘰𝘳𝘪𝘤𝘢) e plantago (𝘗𝘭𝘢𝘯𝘵𝘢𝘨𝘰 𝘤𝘰𝘳𝘰𝘯𝘰𝘱𝘶𝘴).
Durante esta saída, foi também efetuada a monitorização de 203 ninhos de aves marinhas, incluindo os ninhos artificiais instalados em julho 2021 no âmbito do projeto LIFE IP AZORES NATURA, para aferir o sucesso reprodutor do painho da Madeira (𝘏𝘺𝘥𝘳𝘰𝘣𝘢𝘵𝘦𝘴 𝘤𝘢𝘴𝘵𝘳𝘰). Dado que as condições climatéricas não permitiram que se efetuasse o trabalho com maior antecedência, esta monitorização foi efetuada tardiamente, pelo que foram encontrados muitos ninhos vazios, mas com sinais de ocupação, sendo presumível que a cria já tenha abandonado o ninho. Foram identificadas nove crias de painho da Madeira e um ovo do frulho (𝘗𝘶𝘧𝘧𝘪𝘯𝘶𝘴 𝘭𝘩𝘦𝘳𝘮𝘪𝘯𝘪𝘦𝘳𝘪). Também foram identificamos oito ninhos com ovos inviáveis, dois adultos mortos e evidências de predação.