Richard Sears é um investigador especialista em baleias-azuis, que fundou, em 1979, uma organização de investigação para o estudo de cetáceos de Mingan Islan (Mingan Island Cetacean Study, facebook: https://www.facebook.com/MICScanada, web: https://www.rorqual.com/english/home) com base no Quebéc, Canadá, e com o objetivo de estudar mamíferos marinhos no golfo de St. Lawrence, com ênfase nas baleias-de-barbas. Este trabalho tornou-se o primeiro projeto mundial de investigação em baleias-azuis a longo-termo e compila hoje a maior base de dados de informação relativa aos cetáceos que ocorrem em St. Lawrence.

Em 1982, expandiu a sua investigação ao México, para dar início ao primeiro estudo de longo-termo sobre baleias-azuis no Mar de Cortéz. Em 1996, começou também a recolher dados de foto-identificação e biópsias na Islândia. Em 1998, visitou pela primeira vez os Açores, onde tem regressado todos os anos para recolher dados sobre as baleias-azuis que passam por cá, durante a primavera, em migração. Neste arquipélago, já foram identificados, no total, mais de 600 indivíduos diferentes dessa espécie, concentrando-se o esforço de observação nas ilhas do Pico e do Faial, onde algumas empresas de observação de cetáceos têm contribuído ativamente para enriquecer esse catálogo.

Este ano, à semelhança do ano passado, com as restrições de viagens a ocorrer a nível mundial devido à pandemia, o Richard não poderá deslocar-se aos Açores. Ainda assim, aceitou partilhar connosco o seu conhecimento e entusiasmo por estes fascinantes animais. A conversa que tivemos com ele poderá ser vista brevemente no website do projeto LIFE IP AZORES NATURA, em: https://www.lifeazoresnatura.eu/