No âmbito da ação C6.1 “Restauro de habitats para as aves marinhas nos ilhéus”, o projeto LIFE IP AZORES NATURA está neste momento a instalar ninhos artificiais para duas espécies de painho (Hydrobates castro e Hydrobates monteiroi), alma-negra (Bulweria bulwerii) e frulho (Puffinus lherminieri). A instalação de ninhos artificiais nos ilhéus vai contribuir para o aumento das populações através do aumento da disponibilidade de habitat de nidificação, proteção das espécies-alvo contra predadores, diminuição da competição interespecífica e dos efeitos das condições atmosféricas adversas. Os ninhos artificiais servem não só como refúgio, mas também para facilitar a monitorização destas espécies no âmbito da ação D5.1 “Monitorização de habitats terrestres, espécies e problemas de conservação”.

Para esse efeito, os vigilantes e os assistentes operacionais do Parque Natural da Graciosa transportaram os ninhos artificiais, feitos de vasos de barro e assim constituindo uma carga muito frágil, para os ilhéus de Baixo e da Praia. Recentemente, uma equipa da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) e da DRAM (Direção Regional dos Assuntos do Mar) procedeu então à instalação e marcação destes ninhos no Ilhéu de Baixo. Para aumentar a probabilidade de ocupação dos ninhos artificiais vão ser colocados excrementos e penas provenientes da colónia por volta dos novos ninhos e será instalado um sistema de som autónomo que reproduzirá as vocalizações das espécies-alvo durante toda a sua época de nidificação.

Nas próximas semanas uma equipa da SPEA, DRAM e DRAAC (Direção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas), em colaboração com os Parques Naturais, continuará a instalar os restantes ninhos no Ilhéu da Praia (Graciosa) e no Ilhéu da Vila (Santa Maria).

Fotografias: Ana Raposo e Luís Aguiar